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NOVO ENSINO MÉDIO: como construir em seus estudantes uma vida fora da média


Como educador, você já deve ter se deparado com adolescentes perdidos em suas escolhas, desestimulados com o mundo que encontra à sua frente, se perguntando: “O que serei, como chegarei aos meus objetivos, como enfrentarei os obstáculos, como alcançarei os meus sonhos ?”


Com a participação de diversos setores da Educação, uma proposta de reorganização foi elaborada e um Novo Ensino Médio foi apresentado, com o objetivo de atingir o estudante médio brasileiro, através do estímulo à sua continuidade nos estudos, ao desenvolvimento de um projeto de vida relevante e à sua preparação para o mundo do trabalho.


O Novo Ensino Médio vem também para apoiar o estudante à resolução de demandas complexas e cotidianas e ao exercício da cidadania. Ainda nesse processo, o estudante alcançará uma cosmovisão de mundo e adquirirá maturidade nas relações que o permeiam, alcançando um patamar desejável e, posteriormente, um legado louvável.


A Base Nacional Curricular Comum, BNCC, é a referência nacional à construção dos currículos escolares, dando ênfase ao trabalho com o estudante de forma mais sistemática, organizada e intencional. Cumpre, portanto, as unidades de Educação na tarefa de entusiasmar seus estudantes aos passos necessários à vida.



A NOVA PROPOSTA


Na nova proposta do Novo Ensino Médio, a BNCC traz a obrigatoriedade de que esse trabalho se materialize, de maneira sistemática, nessa sua nova estrutura de funcionamento.


Nesse currículo, encontra-se em um contorno externo amplo, as competências gerais. Debaixo desse delineamento, seguem-se, como que em camadas sequenciais, a Formação Geral Básica e os Itinerários Formativos. Então, teríamos alguns “ingredientes” obrigatórios nesta composição.

A formação geral básica com suas áreas do conhecimento: Linguagens, Ciências exatas, Ciências humanas e sociais aplicadas e Ciências da natureza. Até 1800 horas na etapa do Ensino Médio. performa as condições de oferta dessa Formação Geral Básica. Neste caminho, uma metodologia com grande potencial é o trabalho por projetos.


Os itinerários formativos surgem com uma dupla entrada de áreas do conhecimentos e eixos estruturantes. Eles se organizam para dois tipos de curso – os técnicos e os propedêuticos. Os técnicos preparam para o mundo do trabalho, com vistas à qualificação profissional ou formações experimentais. Já os propedêuticos, se organizam com vistas a melhor qualificar o educando ao prosseguimento de estudos em nível superior, para isso, sendo organizados por áreas do conhecimento, que se relacionem ao curso universitário de seu interesse.


Os itinerários contribuirão respondendo às necessidades atuais, como a capacidade de resolução de problemas, flexibilidade e cooperação. São os “eixos estruturantes” dos itinerários os trabalhos com: processos criativos, mediação e intervenção sociocultural, investigação científica e o empreendedorismo, que se incumbirão dessa abordagem.



O PROJETO DE VIDA E O NOVO ENSINO MÉDIO


A BNCC nos apresenta o Projeto de Vida como:

“A possibilidade de se arquitetar, conceber e plasmar o que está por vir. O ser humano tanto pode idealizar uma bomba, quanto a cura para uma doença. As escolhas dos estudantes decorrem de influências intrínsecas e/ou extrínsecas e, no que tange ao apoio da escola, do compromisso de seus atores com a ética, a ciência tanto pode atender aos interesses mercadológicos, estando a serviço do consumo desenfreado, da competividade e das guerras, quanto do coletivo, visando à paz, à lucidez e ao bem comum”.

O Projeto de Vida é o próprio estudante sendo protagonista da construção da sua existência e apoiado em mediação, criando esse processo de busca interior, no sentido de reconhecimento de suas características de personalidade, história de vida familiar, repertório cultural e tantas outras!


Ao mesmo tempo, é o momento de projetar-se à construção de seu futuro proativamente, buscando reconhecer a multiplicidade de oportunidades, de profissões, construindo seu propósito, metas que deseja alcançar, mas sempre lembrando-se de que muitas variáveis podem ainda mudar, portanto, o estudante irá desenhando um Projeto de vida permanentemente aberto, caso contrário, a frustração poderá fazê-lo desistir de seu caminho, em algum momento.



UM NOVO TEMPO, UM NOVO ALUNO E UM NOVO ENSINO MÉDIO


Para que um estudante possa chegar ao exercício pleno da cidadania, precisará responder a algumas questões básicas, que poderão ser feitas através do Projeto de Vida. Duas delas, podemos destacar: “Quem sou eu?” e “Quem quero ser?”.


Podemos ajudá-lo nesta jornada nova. Nova, para todos os envolvidos. Tanto as instituições de ensino, educadores, coordenadores, pensadores da educação e os principais envolvidos: jovens com possibilidades transformadoras. Só não podemos nos permitir a covardia e a ignorância , deixando-nos medianos e medíocres, naquilo que podemos ser grandes e efetivos!


Neste novo momento para o Novo Ensino Médio, propõe-se um caminho que leve os educandos a refletir sobre a sua própria existência. Com a elaboração de um Projeto de Vida percebe-se um novo papel da escola, ou um resgate do que ela nunca deveria ter deixado de ser: um lugar de inspiração de vida!



SEJA NOVO PARA O NOVO ENSINO MÉDIO!


Quando se pensa em Educação, fazemos referência à formação de indivíduos que aprendem através das vivências cotidianas na escola, o que significa ser um cidadão.


Pensar um Projeto de Vida é apontar para o exercício pleno da Cidadania, onde contribui-se para a execução e ampliação dos direitos civis, políticos e sociais, que expressem a igualdade dos indivíduos diante da lei e o pertencimento a uma sociedade organizada e colaborativa.


É nesse processo que se constitui um Projeto de Vida, ajudando o adolescente e o jovem a desenvolverem seu autoconhecimento e alçando seus planos para o futuro. Se uma escola se dispõe a agir dessa maneira, contribuirá de modo efetivo para a formação de pessoas íntegras, bem formadas e ativas na sociedade. Em outras palavras, ajudará essas pessoas a assumirem a condição de protagonistas de sua própria história.

 

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